Quem acompanhou a novela Passione exibida pela Globo em 2010/2011 com certeza pode ver algumas belas imagens de Siena, principalmente no penúltimo capítulo quando a Piazza del Campo foi cenário para o encontro de Totó com a personagem interpretada pela atriz Patrícia Pillar.
Pelo pouco que apareceu na novela já deu para perceber por que a cidade é tão amada pelos italianos e tão visitada pelos turistas. Nós já estivemos lá duas vezes e com certeza ainda iremos de novo!
Nossa primeira vez foi em agosto de 2009 quando ainda morávamos em Perugia e fomos assistir o Palio di Siena junto com uma excursão da universidade. Já a segunda vez foi em abril de 2011 quando fizemos um breve tour pela Toscanajunto com os pais do Gú mas demos só uma passadinha bem rápida.
Siena é uma das paradas obrigatórias para quem visita a Itália, principalmente para quem passa pela Toscana já que é uma das cidades principais da região e um importante centro histórico e cultural.
Sua origem ao que tudo indica é etrusca, mas mesmo com tantos achados arqueológicos etruscos os historiadores preferem não arriscar em afirmar isso, portanto sua história geralmente é contada somente a partir de sua fundação como colônia romana durante o império de Augusto. Existe inclusive uma lenda que diz que foram os gêmeos Senio e Ascanio, filhos de Remo irmão de Rômulo (o fundador lendário de Roma, clique aqui para conhecer a lenda de Rômulo e Remo), que fundaram Siena. Após a morte do pai, os irmãos passaram a ser perseguidos pelo tio Rômulo e para não serem mortos fugiram de Roma a cavalo levando com eles a estátua da lupa que amamenta Rômulo e Remo (por isso a lupa também é considerada símbolo de Siena). Após fundarem Siena, em agradecimento aos deuses acenderam uma fogueira que produziu uma fumaça branca e outra preta o que deu origem às cores da bandeira da cidade.
Durante a Idade Média, Siena viveu um período de grande prosperidade e tornou-se um importante centro comercial da região. A partir do século X passou a fazer parte de importantes rotas de peregrinação principalmente com a construção da Via Francigena, a principal rota de peregrinação na Idade Média que ligava Canterbury na InglaterraaRoma. A via era muito utilizada por aqueles que viajavam até Roma para visitar o túmulo de São Pedro e até mesmo por aqueles que iam em direção à Terra Santa. No século XVII a rota também passou a ser utilizada pelos jovens europeus que faziam o Grand Tour(uma viagem que os jovens ricos faziam pela Europa para adquirirem conhecimentos artísticos e culturais). Depois de um tempo esquecida hoje voltou a ser rota de peregrinação e existem muitas agências e associações especializadas em organizar a peregrinação em trechos da rota. (clique aqui para conferir)
A partir do século XII Siena começou a expandir o seu domínio o que deu origem a uma grande e longa rivalidade com Firenze (Florença) já que ambas buscavam dominar a região da Toscana. Em meio às diversas batalhas travadas entre as duas cidades, em 1348 Siena foi terrivelmente atingida pela peste negra o que acabou matando 80 mil habitantes, quase 70% de sua população. Esse acontecimento acabou enfraquecendo Siena que como consequência acabou caindo sob domínio de sua grande rival e passou a fazer parte do Granducato di Toscana ficando assim até unificação da Itália em 1861.
Situada na região central da Toscana a 322 metros acima do nível do mar, a cidade de Siena se desenvolveu em cima de três colinas o que acabou dividindo o seu centro histórico em 3 partes chamadas de Terzo: Terzo di Camollìa onde encontra-se a Basilica Cateriniana San Domenico; Terzo di Città onde encontra-se o Duomo e o Museo Santa Maria della Scala; e Terzo di San Martino onde encontra-se a Piazza del Campo. Além da divisão por terzo, a cidade subdivide-se também por contrade que são como pequenos distritos (17 no total) criados ainda nos séculos XV e XVI.
Cada contrada funciona como um pequeno país tendo a sua própriaconstituição, brasão, igreja, padroeiro, museu e o seu Priore que é o responsável pela gestão administrativa da contrada. Os seneses levam muito a sério as contrade e todo cidadão faz parte de uma passando até mesmo por um batizado laico que após ser realizado estabelece a sua eterna filiação com sua contrada. Assim como antigamente existia uma grande rivalidade ou aliança entre as cidades próximas, cada contrada possui também seus rivais e essa rivalidade, ou aliança, cresce ainda mais durante o Palio, uma competição a cavalo de origem medieval realizada duas vezes ao ano (2 de julho e 16 de agosto) na Piazza del Campo.
Ao contrário do que muitos pensam, o Palio não é uma festa para atrair turistas mas sim uma competição levada muito a sério pelos seneses que dá um enorme prestígio à contrada vencedora. Quem tiver a oportunidade de visitar a cidade em uma dessas duas datas poderá entender um pouco mais dessa paixão dos seneses pelas suas contrade só de olhar como a cidade pára para ver seus cavaleiros, chamados de fantini, desfilarem antes da largada, ou vendo a expressão de extrema alegria ou gritos de desespero quando uma ou outra contrada vence. É realmente emocionante!
Desfile Palio di Siena 2009 (arquivo pessoal)
Mesmo visitando a cidade durante os dias de Palio é possível fazer um belo passeio pelos principais pontos turísticos que foi o que fizemos em 16 de agosto de 2009. Antes de tudo é importante saber que o centro histórico de Siena - que é Patrimônio da Humanidade declarado pela UNESCO - fica dentro de uma muralha e lá não circulam carros sem autorização, se faz tudo a pé mesmo, portanto quem estiver de carro deve procurar um dos estacionamentos fora do centro. Quando fomos em 2011, estacionamos o carro no Parcheggio S. Caterina localizado na Via Esterna di Fontebranda e de lá seguimos a pé até as escadas rolantes que nos levou à Via di Vallepiatta, próxima ao Duomo. O mais prático porém é o Parcheggio Stadio que fica ao lado da Basilica di San Domenico. O percurso de um dia que sugerimos aqui é o que fizemos em 2009 começando justamente pela basílica que é prático também para quem chega de trem.
Sugestão de Percurso: (partindo do Parcheggio Stadio)
1 - Início do percurso na Basilica Cateriniana San Domenico;
2 - Piazza e Palazzo Salimbeni;
3 - Piazza Tolomei;
4 -Loggia della Mercanzia;
5 - Piazza del Campo (Fonte Gaia, Palazzo Pubblico e Museo Civico);
6 - Palazzo Chigi-Saracini;
7 - Duomo (Cattedrale di Santa Maria Assunta);
8 - Museo Santa Maria della Scala;
Começamos então o nosso roteiro pela Basilica di San Domenico, uma das primeiras basílicas erguidas em homenagem ao santo, mas que por ter sido o local onde Santa Catarina (uma das personagens mais importantes de Siena) viveu grande parte de sua vida religiosa, passou a ser dedicada a ela.
Seu interno é formado por uma única e ampla nave e logo à direita da porta de entrada, no Altar da Capella delle Volte, encontra-se um afresco de Andrea Vanni que acredita-se ser o único retrato de Santa Catarina realizado ainda quando era viva.
Santa Catarina, afresco de Andrea Vanni na Basilica di San Domenico, Siena
Já na parede da direita da nave encontra-se a Capela de Santa Catarina onde está exposta a Sacra Testa da santa que foi trazida de Roma logo após a sua morte em 1380. As paredes da capela ao redor da Sacra Testa foram decoradas com afrescos que contam alguns momentos de sua vida. Além da sua cabeça é possível "admirar" um de seus dedos também expostos ali...
Sacra Testa de Santa Catarina, Siena 2009 (arquivo pessoal)
Saindo da basílica fomos em direção ao Palazzo Salimbeni caminhando pela Via della Sapienza, mas quem quiser conhecer o Santuário de Santa Catarina com o oratório e a casa onde ela nasceu pode continuar pela Via Camporegio.
O Palazzo Salimbeni, localizado na praça que leva o mesmo nome, é a sede central do Banco Monte dei Paschi di Siena, o segundo banco mais antigo do mundo ainda em atividade. Fundado em 1472 com o nome Monte di Pietà, o banco foi peça fundamental para a reestruturação da cidade após a mesma ter sido devastada pela peste negra no século XIV. O edifício mantém ainda o seu estilo gótico característico de Siena. No centro da praça há uma estátua de Sallustio Bandini, um religioso, político e economista italiano que viveu entre os séculos XVII e XVIII.
Piazza e Palazzo Salimbeni, Siena 2009
Seguindo pela Via Banchi di Sopra sentido Piazza del Campo há uma pequena praça onde fica a Igreja de San Cristoforo do lado oposto ao Palazzo Tolomei, o edifício privado mais antigo da cidade construído nos anos 1200. No meio dos dois edifícios encontra-se uma coluna com a estátua da famosa lupa amamentando Rômulo e Remo datada de 1610.
Continuando pela mesma rua, quando ela se encontra com a Via Banchi di Sotto (que fazia parte da Via Francigena)e a Via Di Cittàsurge a Loggia della Mercanzia. A sua localização é conhecida comoCroce del Travaglio, o ponto de encontro das três principais ruas diretamente ligadas ao desenvolvimento da cidade durante o seu período de maior prosperidade.A Loggia della Mercanzia construída entre os anos 1417 e 1428é um importante símbolo para a cidade e marca a passagem entre o período medieval e o renascimento italiano mas ainda comalguns elementos góticos em sua arquitetura.
Loggia della Mercanzia, Siena 2009
Atrás da Loggia della Mercanzia encontramos a famosa Piazza del Campo, o principal ponto turístico da cidade. Desde 1300 a praça ocupa um lugar de destaque na vida dos seneses e sempre foi utilizada como ponto de comércio e local para manifestações políticas, culturais e festas populares. Seu formato lembra o de uma concha e a sua leve inclinação acaba atraindo quase que misticamente qualquer um a se sentar ou deitar ali mesmo no chão para admirar os belos edifícios em volta ou descansar após encarar as infinitas vielas da cidade.
Piazza del Campo, Siena. Foto disponível em http://www.comuni-italiani.it/052/032/foto/ Acesso em 01.12.11
É nessa praça onde acontece o Palio por isso naquele dia estava bem movimentada e toda circundada de arquibancadas. Como chegamos cedo e a largada só seria por volta das 19h ainda tínhamos bastante tempo pela frente então aproveitamos para continuar o nosso tour pela cidade.
Piazza del Campo no Palio di Siena de 2009
Tanto a praça quanto o seu edifício mais importante, o Palazzo Pubblico, foram construídos pelo Governo dos Nove durante a República de Siena (governo composto por nove pessoas que de 1287 a 1355 foram responsáveis pelo desenvolvimento arquitetônico e artístico da cidade). Os nove gomos que compõem a praça e formam um leque fazem referência justamente ao Governo dos Nove e o Palazzo Comunale está localizado onde todas as linhas dos gomos se encontram.
Vista aérea da Piazza del Campo, Siena. Foto disponível em http://citypictures.org/ Acesso em 01.12.11
Na parte mais alta da praça encontra-se a Fonte Gaia, uma belíssima fonte retangular de mármore. A original mesmo não tinha esse formato e foi inaugurada em 1346 para a alegria do povo já que era a principal fonte de água da cidade. Em 1409 resolveu-se então dar um novo formato à fonte (o mesmo que vemos hoje) e o responsável pela obra foi Jacopo della Quercia que a terminou em 1419.
Jacopo esculpiu no centro da fonte a imagem de Maria com o menino Jesus acompanhada das figuras que representam as virtudes do "Bom Governo": Fé, Caridade, Temperança, Força, Paciência, Sabedoria e Justiça. Já na parte interna das laterais representou a criação de Adão e a expulsão do paraíso. As estátuas laterais, Rea Silvia à direira e Acca Larenzia à esquerda, representam respectivamente a mãe biológica e a mãe adotiva de Rômulo e Remo.
Infelizmente, com o passar dos anos o mármore utilizado começou a mostrar-se de má qualidade e a fonte foi danificando-se rapidamente. Para piorar a situação, em 1743 um homem que buscava uma visão melhor para assistir o Palio subiu em cima da estátua Rea Silvia e a danificou gravemente. Depois disso decidiu-se então retirar toda a fonte e substituí-la por uma cópia feita por Tito Sarrocchi em 1859, dessa vez com Mármore de Carrara, mas sem as estátuas laterais e com grandes de segurança. As partes da fonte original de Jacopo della Quercia e os moldes em gesso feito por Sarrocchi estão expostos no museu Santa Maria della Scala.
Detalhe da Fonte Gaia, Siena 2011 (arquivo pessoal)
Do lado oposto à fonte encontramos o Palazzo Pubblico e a famosa Torre del Mangia. O edifício foi construído entre 1297 e 1310 para ser sede do Governo dos Nove e hoje é sede da prefeitura, do Museo Civico e do Teatro Comunale dei Rinnovati. Sua fachada é um típico exemplo da arquitetura gótica o que é muito marcante nos edifícios de Siena. Como foi sendo ampliada ao longo dos anos ela apresenta uma mistura de materiais e de formatos como a pedra utilizada no primeiro andar que é diferente do tijolo laterizio utilizado no resto do edifício e as janelas inferiores que são diferentes das janelas do tipo trifore dos andares superiores.O museu cívico localizado no primeiro andar reúne obras de artistas de Siena e da região da Toscana e a obra mais importante é o ciclo de afrescos Allegoria ed Effetti del Buono e del Cattivo Governo de Lorenzetti. (Clique aqui para conferir o horário de abertura e valor do ingresso)
A Torre del Mangia foi construída somente 15 anos mais tarde e levou 23 anos para ser concluída. Seu nome é em homenagem a Giovanni di Duccio o primeiro guardião da torre que tinha fama de ser bom de garfo e gastava todo o seu salário nas tavernas da cidade (mangia deriva do verbo mangiare que em português significa comer). Clique aqui para conferir o horário de abertura e valor do ingresso.
Continuando a caminhada pela rua mais elegante da cidade, a Via di Città, encontramos muitos edifícios medievais e o que mais chama a atenção é o Palazzo Chigi-Saracini. O edifício foi construído entre os séculos XII e XIV e é um belíssimo exemplo da arquitetura gótica. Desde 1932 é sede da pretigiosa Academia Musical Chigiana.
Ainda na Via di Città, um pouco mais a frente entramos em uma rua estreita, a Via del Castoro, que nos levou diretamente à praça lateral da Catedral.
O Duomo ou Cattedrale di Santa Maria Assunta é um dos motivos de maior orgulho para os seneses e simboliza uma das perfeições da arquitetura românico-gótica italiana. O edifício começou a ser construído em 1229 e entre os anos 1258 e 1285 contou com a participação de Nicola e Giovanni Pisano, os mesmos que ajudaram a construir o Batistério dePisa. Quando Siena entrou em seu período de maior prosperidade o tamanho da catedral passou a ser considerado pequeno demais e logo se deu início a um audacioso projeto de ampliação em 1339. Com a ocorrência da peste negra a ampliação teve que ser interrompida e só foi retomada em 1376, porém em cima de projeto mais modesto.
A característica mais marcante de sua fachada são as estátuas góticas e o uso de mármore branco e rosa (chamado de rosso di Siena), enquanto que em seu interior o que mais chama a atenção são as faixas brancas e pretas de mármore e o teto azul repleto de estrelas de ouro.
Em seu interior encontramos diversas obras de arte entre elas: o púlpito de Nicola Pisano; o altar Piccolomini que possui 4 estátuas feitas por Michelangelo (as centrais que representam São Pio, São Gregório, São Pedro e São Paulo); os afrescos de Pinturricchio na Libreria Piccolomini; a Capela de São João Batista com os afrescos de Pinturricchio e aestátua de São João Batista feita por Donatello; a lápide de Giovanni Pecci que também é obra de Donatello e está localizada no chão da capela Sant'Ansano; a Capella Chigi que foidesenhada por Bernini e as suas duas estátuas, a de Santa Maria Madalena e a de São Jerônimo; No Museo dell'Opera del Duomo encontramos uma outra obra de Donatello, a Madonna del Perdono que foi criada para ser colocada em cima da Porta del Perdono, a porta lateral direita da catedral que hoje possui uma cópia da obra.
O pavimento da igreja também é considerado uma relíquia principalmente por ser uma das únicas obras na Itália em seu estilo e por isso durante quase todo o ano fica coberto para ser melhor conservado. Ele foi feito com uma técnica chamada Opus Sectile que é similar ao mosaico mas feito com grandes peças de mármore.
Altar Piccolomini com as quatro estátuas de Michelangelo, Duomo de Siena. Foto disponível em http://upload.wikimedia.org/ Acesso em 12.12.11
Saindo da catedral, logo em frente, encontramos o Museo Santa Maria della Scala, um enorme edifício onde antigamente era um hospital. Além dos belos afrescos, quadros, esculturas e da seção arqueológica é interessante ver as peças que fazem parte da Fonte Gaia original de Jacopo e compará-las com os moldes de gesso de Tito Sarrocchi, mas não deixe de ver a fonte atual antes de entrar no museu.
Museu Santa Maria della Scala em Siena (à esq.) Foto disponível em http://www.panoramio.com/ Acesso em 12.12.11
Terminamos o nosso passeio no museu e voltamos para a Piazza del Campo que naquela hora estava bem mais cheia do que antes. Quem quer assistir o Palio tem que se dirigir para o centro da praça até as 16h pois depois desse horário a praça é fechada e ninguém mais entra, ninguém mais sai. O maior problema é ficar ali em pé, espremido, debaixo de um sol fortíssimo, sem banheiro e sem uma alma vendendo uma cervejinha sequer até o final da corrida que dependendo do humor dos cavalos pode se alongar até umas 20hs já que a largada só é válida quando ao disparar o sinal todos os cavalos estiverem aliados. Nós acabamos assistindo pela televisão dentro de um bar ali perto porque a praça estava realmente muito cheia mas mesmo assim foi ótimo!
Nós no bar onde assistimos o Palio de Siena em 2009
Naquele diaa largada, que normalmente é às 19h, demorou quase uma hora e meiao que nos deixou com menos peso na consciência por não estarmos lá no meio da praça... ainda mais depois de ver que nossos colegas que encararam a multidão não saíram de lá muito contentes. De qualquer forma, eu que vou no banheiro toda hora não aguentaria (rsrs)!!!
Fomos embora de Siena encantados e muito emocionados com tudo aquilo que vimos pois conhecer essa cidade já é como uma viagem no tempo, mas conhecê-la durante o Palio é como VIVER naquele tempo...
Ahh! E quem venceu o Palio aquele dia foi a Civetta (coruja) que não ganhava desde 1979!
O pici que é um tipo de spaghetti mais grosso típico da província de Siena. Os molhos mais tradicionais são ao sugo di pomodoro (molho de tomates), sugo di "nana" (com carne de marreco) e ao ragù di chinghiale (carne de javali);
Os vinhos toscanos que são ótimos, principalmente o Chianti. Quem quiser gastar um pouco mais e experimentar um dos melhores vinhos da Itália a dica é o Brunello di Montalcino, ótimo para acompanhar carnes selvagens. Após a refeição a dica é o vinho doce Vin Santo di Chianti acompanhado de cantucci, um biscoito feito com amêndoas...imperdível!
Os pratos a base de carne de boi da raça chianina e maremmana que são especialidades da região da Toscana;
O pão toscano que é feito somente com água e farinha, sem sal, ótimo para a bruschetta.
O Panforte que é um típico doce/torta de Siena feito geralmente na época de natal que leva amêndoas, mel, chocolate, avelãs, canela, frutas cristalizadas e hóstias.
Curiosidades:
Além da novela passione e diversos filmes italianos, no filme "Cartas para Julieta" de Gary Winick (2010) e "007 - Quantum of Solace" de Marc Foster (2008) também é possível ver algumas imagens de Siena.
Quem visitar Siena durante o Palio é importante saber que os turistas não são muito bem vistos nem mesmo pela polícia portanto é importante não se meter em confusão.
Como chegar:
De carro: Para quem parte do sul (Ex. Roma) pode pegar a Autostrada del Sole A1 Firenze até a saída em Valdichiana-Bettolle-Sinalunga para depois seguir sentido Siena-Perugia-Grosseto. Para quem parte do norte (Ex. Milão) pode pegar a mesma estrada sentido Bologna e sair em Firenze-Certosa para depois seguir sentido Siena-Firenze.
De trem: Siena está fora das rotas principais então partindo de uma cidade importante como Roma ou Milão é necessário fazer troca de trem. Partindo de Roma a troca é feita ou em Chiusi ou em Grosseto e partindo de Milão a troca é em Firenze e Empoli ou só Firenze. Para maiores informações basta consultar o site da Trenitalia. Chegando na estação central de Siena basta pegar um ônibus até a Piazza del sale e de lá seguir a pé até a Basilica di San Domenico (Ex. linha 003 sentido Porta Tufi ou 004 sentido Piazza del Sale). Visite o site da empresa de transporte urbano Siena Mobilità para ver os horários.
De avião: Siena não possui aeroporto comercial, os mais próximos são o de Pisa ou o de Firenze. Do aeroporto de Firenze é possível pegar um shuttle até a estação de trem Santa Maria Novella e de lá pegar um trem até Siena. Chegando pelo aeroporto de Pisa basta pegar um trem na estação central que é perto do aeroporto e de lá seguir direto para Siena.
De ônibus: As principais empresas que fazem a rota até Siena são a SENA e a SITA.
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